No último sábado, dia 20, alguns movimentos sociais e ambientalistas realizaram, no Porto do Ceasa, na Zona Sul de Manaus, um ato simbólico em prol do tombamento do Encontro das Águas como patrimônio cultural e natural da Amazônia.
A ação foi realizada entre o Movimento Ficha Verde, SOS Encontro das Águas, Fórum das Águas e outros. O tombamento do Encontro das Águas foi feito há mais de 10 anos, mas até hoje não foi homologado em virtude de ações que estão no Supremo Tribunal Federal (STF) e são contra o tombamento.
As ações envolvem uma empresa que pretende construir um terminal de cargas na região que, se aprovado, pode prejudicar o meio ambiente e a vida das pessoas que vivem no local.
“O Encontro das Águas é patrimônio do povo da Amazônia. Vamos conservar. Neste Dia Mundial da Água, queremos dizer sim à natureza, sim às águas e não ao Porto, que estão pensando em implantar aqui no Encontro das Águas. Os povos ribeirinhos são os verdadeiros proprietários deste patrimônio”, reforçou o educador e ativista ambiental, Valter Calheiros, membro do SOS Encontro das Águas e um dos organizadores do movimento.
Durante o ato, o grupo realizou manifestações com palavras de ordem e mostrou faixas no Porto da Ceasa, e também dentro de barcos, no Encontro das Águas.
“O Movimento Ficha Verde se uniu com outras entidades em defesa do tombamento do Encontro das Águas, que está sob ameaça devido à processos que estão no STF”, explica o secretário-executivo do Ficha, Pablo Ítalo.
O ato no sábado ocorreu com poucas pessoas e foi realizado respeitando todos os protocolos de prevenção e distanciamento. Além disso, durante a ação também foi realizado um ritual de bênção das águas.
Crédito: Aguilar Abecassis