– COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE
Estamos convencidos de que é possível transformar o mundo em que vivemos. Por isso, nos mobilizamos frente a situações de injustiça e de negligência socioambiental e nos comprometemos a solidarizar e cooperar com causas e campanhas de outras pessoas, movimentos e instituições. Queremos ser capazes de dar voz àqueles que estão excluídos dos processos democráticos e da participação.
– INDEPENDÊNCIA
Somos um movimento independente e autônomo, em relação a partidos, empresas, governos, instituições religiosas, financeiras e ONGs. Independência, no entanto, difere do sectarismo. Estamos dispostos a construir juntos com parceiros que pactuam dos mesmos princípios e têm afinidades de propostas.
– APARTIDARISMO
O MoFV é um movimento apartidário, no entanto não é um movimento anti-partidário. Respeitamos a legitimidade e o pluralismo dos partidos políticos. De toda forma o movimento não se opõe a filiação partidária de qualquer um de seus membros de forma individual, desde que a mesma seja independente e sem promover ações de campanha no coletivo do MoFV.
– GOVERNANÇA PARTICIPATIVA
A tomada de decisão no MoFV é feita de forma democrática, com a participação e colaboração de todos os membros, de forma horizontal. Cada membro é igual ao outro, e tem o mesmo peso no processo de decisão. O que não significa a ausência de estruturas e divisão de trabalho, feitas através de uma instância executiva, um comitê de governança e grupos de trabalho. A participação nestes fóruns é aberta a qualquer um dos membros, e se dá através da vontade, disponibilidade e aptidão de cada um.
– TRANSPARÊNCIA
É uma premissa do MoFV publicizar suas atividades e ações, de modo a tornar o processo de atuação transparente e acessível. Assumimos o compromisso de construir junto com nossos membros uma linguagem fácil e que permita a todos uma participação qualificada nas decisões de nosso Movimento.
– NÃO-VIOLÊNCIA
Estamos convencidos de que apenas através de um meio justo conseguiremos alcançar um fim justo. Não podemos defender causas que buscam o bem estar comum se não formos nós mesmos, através de nossa ação, coerentes. Também, estrategicamente, a não-violência é a forma de ação com maior alcance e aceitação pela opinião pública. Além disso, acreditamos que por meio da desobediência civil, a qual faz parte fundamental de uma democracia plena, a sociedade é capaz de promover mudanças necessárias nos governos e em suas políticas.
– CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
Temos o dever ético de cuidar da terra, dos animais, plantas e dos recursos naturais, como base de sustentação de nossa vida. A diversidade biológica enriquece a vida humana, em seus aspectos artísticos, culturais, religiosos, econômicos e políticos. Temos a responsabilidade compartilhada de defesa do patrimônio natural, que deve ser exercida por todos, comunidade, agentes econômicos, cidadãos e suas associações representativas, além do governo.
– DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável é um conceito holístico de desenvolvimento, que engloba quatro dimensões da sociedade: desenvolvimento econômico (incluindo o fim da extrema pobreza), inclusão social, sustentabilidade ambiental e boa governança, incluindo paz e segurança.
As sociedades visam alcançar todas as quatro dimensões. Falhas em uma das áreas, tal como sustentabilidade ambiental ou igualdade de gênero, podem afetar o progresso das outras, tais como a erradicação da pobreza. Fraca governança e insegurança podem também facilmente afetar o progresso dos objetivos econômicos, sociais e ambientais.
– PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DE UM MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO
No campo e na cidade, as questões ambientais afetam a forma como as pessoas vivem. Na Amazônia, a disputa pela terra e pelo acesso a recursos naturais gera conflitos, injustiças, opressão e omissão por parte do poder público. Nas cidades, a intolerância, a falta de planejamento, o desrespeito às normas ambientais e a violência tornam a convivência em sociedade cada dia mais difícil. Defendemos a promoção de um modelo de desenvolvimento em que os direitos humanos e os limites da natureza sejam prioritários aos interesses econômicos.
– VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL E DOS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS
Um país tem seus maiores ativos no seu povo e nos seus ecossistemas. A diversidade socioambiental brasileira deve ser encarada como um bem comum a ser mantido e gerido de forma cooperativa e democrática.
A circulação de conhecimento entre povos indígenas e comunidades locais é a dinâmica milenar responsável pela manutenção de um sistema cultural de manejo e compreensão do ambiente
Esse conhecimento deve ser respeitado e valorizado, e deve estar incluído nas propostas adequadas para melhorar a qualidade de vida e inserção destas comunidades em políticas publicas do desenvolvimento sustentável.
– LIVRE CIRCULAÇÃO DA CULTURA, DO CONHECIMENTO E DA INFORMAÇÃO
Acreditamos que lógicas diferentes de circulação de informações, que sejam abertas, baseadas na construção coletiva e cooperativa, na reciprocidade e no controle social difuso por meio de redes sociais, reais ou virtuais, são chave para a transição de paradigmas para a construção de um sociedade mais ética e sustentável.